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Quando esteve em Nova Iorque para celebrar o lançamento do álbum Humble Quest, Maren conversou com a revista Entertainment Weekly para a série de vídeos BOLD School, que tem participação de mulheres empoderadas que trabalham na frente e por trás das câmeras. Nessa entrevista, a cantora falou sobre suas influências, ser mãe e a criação do álbum. Confira a tradução da entrevista, as fotos disponibilizadas pela revista e o vídeo liberado no Youtube:
“Não seja um babaca quando estiver chegando no topo, e não seja um babaca quando estiver descendo”. Essas são as palavras em que Maren Morris, que sem dúvida ainda está chegando ao topo, escolhe seguir.
A cantora e compositora, que acabou de lançar seu terceiro álbum de estúdio, Humble Quest, entrou na cena da música country seis anos atrás com o single, My Church, uma música sobre encontrar seu santuário ao dirigir (em círculos) pela cidade ouvindo – o que mais? – música country. É uma ideia que esteve com ela desde sua criação.
“No carro, minha mãe sempre colocava Sheryl Crow, Alanis Morisette, Fiona Apple ou The Cranberries”, Morris conta à EW no episódio mais recente de Bold School, uma série de vídeos da EW celebrando mulheres poderosas. “Foi um tipo de música dos anos 90 muito formativo para mim”.
Especificamente, Morris consegue se lembrar da primeira vez que ouviu mulheres na música country. “Foi aquela era de LeAnn Rimes, Shania Twain, The Chicks e Faith Hill”, diz ela. “Eu acho que me enxerguei nelas imediatamente, especialmente nas The Chick, sendo do Texas. Elas não se levavam muito à sério, mas eram as compositoras mais precisas na cena. Eu definitivamente me enxergava nelas. E ainda enxergo.”
Enquanto Morris começava a fazer seu nome, ela se aventurou rapidamente para fora das linhas de uma carreira country direta. Em 2018, ela colaborou com Grey e Zedd no hit The Middle e, em 2019, juntou forças com Brandi Carlile, Natalie Hemby e Amanda Shires para criar o grupo feminino The Highwomen. E, durante o processo, continuou fazendo sua própria música. O ano de 2019 viu o lançamento de seu segundo álbum de estúdio, Girl, que ganhou o CMA Awards de Álbum do Ano.
Já com alguns anos de jornada agora, Morris ainda está crescendo como artista. Em 2020, ela deu à luz ao seu primeiro filho. “Me tornar mãe realmente abriu meu coração de uma forma que não estava aberto antes”, diz Morris, acrescentando que se sente mais empática com os outros, algo que ela tem certeza que impacta sua música.
Mas ser empática não significa que ela está disposta a aceitar hate. Morris esteve nas manchetes mais de uma vez com suas respostas às mensagens rudes nas redes sociais. Em um mundo onde todo mundo tem uma opinião sobre tudo – e as redes sociais forneceram uma grande plataforma para compartilhar essas opiniões – Morris conseguiu fazer o impossível: Ela encontra poder nas críticas.
“Estranhamente, eu me senti empoderada nas vezes em que recebi mais críticas, como quando fiz a Playboy em 2019”, diz Morris. “Tiveram muitas pessoas chocadas por, literalmente, um side boob. Não era nem um seio completamente exposto, tipo, supera” diz ela, rindo e adicionando. “Dolly Parton fez a Playboy nos anos 70, então todo mundo, relaxa.”
Uma vez que você encontra poder nas críticas, o que vem a seguir? Para Morris, a resposta é simples: esperança. Com Humble Quest, ela queria dar uma levantada ao mundo. “Eu fui realmente intencional ao fazer essas músicas parecerem esperançosas, porque elas estavam me tirando de um lugar sem esperança e elas me fizeram esperançosa de novo”, diz ela. “Eu tive o meu filho e tive essa enorme onda de depressão pós-parto que foi inesperada, como na maioria das vezes, e eu também tinha perdido o meu amigo e produtos Busbee para o câncer e depois veio a COVID – foi muita coisa. Nessa época, eu estava compondo músicas que refletiam muito desse trauma.”
“Tem sido difícil, mas nós sobrevivemos e vamos passar por isso”, continua Morris. “E a música foi um presente tão grande para mim nesses últimos anos, como eu sei que foi para muitos de nós. Essas eram as músicas que eu sentia que se elas estavam me ajudando, talvez se outras 10 pessoas as ouvissem, poderia ajudá-las também. Foi assim que o álbum foi criado.”
Agora, com o álbum lançado e já repercutindo – Humble Quest quebrou o recorde de mais streams no primeiro dia e na primeira semana de um álbum country por uma artista feminina na Amazon Music -, tudo o que resta é voltar para a estrada. “Toda a indústria de turnês teve uma parada brusca. Fomos reduzidos à nossa insignificância e percebemos que talvez não valorizássemos algumas dessas coisas, o que nunca mais vai acontecer”, diz Morris, sobre os últimos 2 anos.
Morris vai começar a turnê norte-americana em 9 de junho, uma experiência que ela espera que seja como uma libertação. “Eu acho que vou chorar durante todo o primeiro show da turnê”, diz ela. Mas ei, pelo menos ela está de volta.
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